sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Chinelo laranja

Como é estranho as coisas que perdemos. Um molho de chaves, dinheiro, Rgs (eu que o diga), amigos, parentes, sonhos, a vida, ou até mesmo um pé de um chinelo laranja em meio a um grande gramado. É pode ser um nome estranho para um post, mas marcou pra mim aquele chinelo, imagine perder apenas um pé, e em um lugar com tanto contraste com a cor, laranja e verde, minhas duas cores preferidas. Dia muito bom onde isto aconteceu, dia que eu não perdi nesta mente confusa. Ainda me pergunto o que passou na cabeça do dono deste chinelo.

Mas é uma das coisas que mais tememos na minha opinião. A sensação de perda, o medo dela é terrível. Quem nunca perdeu um objeto, uma idéia que some e você nunca mais lembra, um amigo, uma parte de você, um sonho. O maior medo de todos, o medo da morte, trata-se apenas da perda da vida. Perder um esperança, a base onde nossa sociedade é construida.Se perder, se perder em si mesmo, se perder dos pais em um parque de diversão, se perder dos amigos em uma festa, se perder na vida, se perder nos sonhos.

Não vou negar, eu sou perdido, esquecido, já perdi de tudo, e muitas vezes me deparo olhando pro nada e percebendo que se passaram horas e eu nem sei o que estava fazendo.Um passo para mudar, apoiar-se, assim não nos perdemos, continuamos. Meu sonho não vai cair nesse mundo, ainda vou percorrer cada canto, ver cada cor, sentir cada cheiro, ouvir cada som, e provar os sabores desta terra. É isso, não nos perdermos dentro dessa vida, que por sí só já é perdida.

Ainda me pergunto que fim levou aquele chinelo laranja, e onde estava o seu par.


ps: alguns se perdem na lembrança de criar um banner.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

OS Livros

Um pequena viagem à Barcelona, da primeira metade do século XX, é assim que Carlos Ruiz zafón nos faz conhecer os Sempere, Nuria, Bea, Julian, David, Corelli e inúmeras outras personagens que mudam nossa vida.. A magia dessa cidade dos malditos nos prende, cada segundo, cada letra percorrida por esses olhos, cada página virada. transportados no tempo e no espaço. Foi assim que me senti quando me deparei com A sombra do vento. Andando pela biblioteca com dois livros de outro gênio da literatura que eu procurava a muito tempo, Stephen king. Quando decido ir em uma prateleira que eu nunca havia visitado, assim encontrei este livro, que confesso mecheu comigo.deixei os livros lá e trouxe a sombra para casa.Me senti na próprio cemitério dos livros esquecidos. Como se aquele livro tivesse sido feito para mim. Terminei-o no mesmo dia, nada me intrigou mais, me prendeu tanto quanto este manuscrito.

Demorei um mês para conseguir ler outro livro, tudo parecia idiotisse e perda de tempo comparado a ele. Era como se eu tivesse um pouco da alma de quem escreveu e de quem havia lido. Além de pouco tempo depois ter conhecido um dos meus melhores amigos por causa desse livro, o Lucas. No mês de novembro é lançado O jogo do anjo, e fiquei meio louco atrás desse livro, mas acabei não comprando. Depois de um tempo ganhei ele da pessoa que eu mais amo nesse mundo. Este me prendeu do mesmo jeito e se mostrou muito mais complexo e confuso que o outro.

Na minha opinião Zafón é um mago, suas tramas são tecidas de tal modo que nos prendem como uma magia. Ele é meu idolo, em quem eu me inspiro para escrever. Minha história com seus livros para mim representa muito, e vou continuar a ler todos os próximos. Talvez agora com o sucesso que ele está fazendo traduzam para português os seus livros infantis, estarei a espera.

Bom, eu escrevi esse post mais pra mostrar a paixão que eu tenho por esses dois livros. Melhores que qualquer coisa que eu ja tenha lido. Apenas quem dedicou algumas horas a eles pode entender do que estou falando. Pretendo escrever algo mais introspectivo mais tarde.

Ps: Estive meio ausente do mundo virtual esses dias, na verdade sumi dele. Mas agora pretendo voltar a ativa, é isso.