quinta-feira, 2 de abril de 2009

Retorno

Nem sei direito o porque eu estou escrevendo isto.
Os meus leitores mesmo são os meus melhores amigos.
Na verdade é ao contrário mais tudo bem, eu abandonei estes blog, coisa que prometi não fazer.
Mas sei lá, hj deu uma vontade de voltar, um pouco de nostalgia da vida antiga acho.
Coca, extra, bus, risadas e brigas. É quando dizem que crescer é ruim, é a mais pura verdade.
Acho que to escrevendo pra me sentir no ano passado, na época em que eu zuava e vivia outra vida. Uma viagem no tempo, sei que isso é "impossível", pelo menos pra alguém tão burro cientificamente.
Mas é isso, vou voltar a perder meu tempo na frente do computador, para fazer mais uma ou duas pessoas perderem o tempo delas =D
Até a volta

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Chinelo laranja

Como é estranho as coisas que perdemos. Um molho de chaves, dinheiro, Rgs (eu que o diga), amigos, parentes, sonhos, a vida, ou até mesmo um pé de um chinelo laranja em meio a um grande gramado. É pode ser um nome estranho para um post, mas marcou pra mim aquele chinelo, imagine perder apenas um pé, e em um lugar com tanto contraste com a cor, laranja e verde, minhas duas cores preferidas. Dia muito bom onde isto aconteceu, dia que eu não perdi nesta mente confusa. Ainda me pergunto o que passou na cabeça do dono deste chinelo.

Mas é uma das coisas que mais tememos na minha opinião. A sensação de perda, o medo dela é terrível. Quem nunca perdeu um objeto, uma idéia que some e você nunca mais lembra, um amigo, uma parte de você, um sonho. O maior medo de todos, o medo da morte, trata-se apenas da perda da vida. Perder um esperança, a base onde nossa sociedade é construida.Se perder, se perder em si mesmo, se perder dos pais em um parque de diversão, se perder dos amigos em uma festa, se perder na vida, se perder nos sonhos.

Não vou negar, eu sou perdido, esquecido, já perdi de tudo, e muitas vezes me deparo olhando pro nada e percebendo que se passaram horas e eu nem sei o que estava fazendo.Um passo para mudar, apoiar-se, assim não nos perdemos, continuamos. Meu sonho não vai cair nesse mundo, ainda vou percorrer cada canto, ver cada cor, sentir cada cheiro, ouvir cada som, e provar os sabores desta terra. É isso, não nos perdermos dentro dessa vida, que por sí só já é perdida.

Ainda me pergunto que fim levou aquele chinelo laranja, e onde estava o seu par.


ps: alguns se perdem na lembrança de criar um banner.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

OS Livros

Um pequena viagem à Barcelona, da primeira metade do século XX, é assim que Carlos Ruiz zafón nos faz conhecer os Sempere, Nuria, Bea, Julian, David, Corelli e inúmeras outras personagens que mudam nossa vida.. A magia dessa cidade dos malditos nos prende, cada segundo, cada letra percorrida por esses olhos, cada página virada. transportados no tempo e no espaço. Foi assim que me senti quando me deparei com A sombra do vento. Andando pela biblioteca com dois livros de outro gênio da literatura que eu procurava a muito tempo, Stephen king. Quando decido ir em uma prateleira que eu nunca havia visitado, assim encontrei este livro, que confesso mecheu comigo.deixei os livros lá e trouxe a sombra para casa.Me senti na próprio cemitério dos livros esquecidos. Como se aquele livro tivesse sido feito para mim. Terminei-o no mesmo dia, nada me intrigou mais, me prendeu tanto quanto este manuscrito.

Demorei um mês para conseguir ler outro livro, tudo parecia idiotisse e perda de tempo comparado a ele. Era como se eu tivesse um pouco da alma de quem escreveu e de quem havia lido. Além de pouco tempo depois ter conhecido um dos meus melhores amigos por causa desse livro, o Lucas. No mês de novembro é lançado O jogo do anjo, e fiquei meio louco atrás desse livro, mas acabei não comprando. Depois de um tempo ganhei ele da pessoa que eu mais amo nesse mundo. Este me prendeu do mesmo jeito e se mostrou muito mais complexo e confuso que o outro.

Na minha opinião Zafón é um mago, suas tramas são tecidas de tal modo que nos prendem como uma magia. Ele é meu idolo, em quem eu me inspiro para escrever. Minha história com seus livros para mim representa muito, e vou continuar a ler todos os próximos. Talvez agora com o sucesso que ele está fazendo traduzam para português os seus livros infantis, estarei a espera.

Bom, eu escrevi esse post mais pra mostrar a paixão que eu tenho por esses dois livros. Melhores que qualquer coisa que eu ja tenha lido. Apenas quem dedicou algumas horas a eles pode entender do que estou falando. Pretendo escrever algo mais introspectivo mais tarde.

Ps: Estive meio ausente do mundo virtual esses dias, na verdade sumi dele. Mas agora pretendo voltar a ativa, é isso.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Nas asas dos pássaros

Um pequeno viajante, corajoso, honesto, sábio, todos os adjetivos se tornam pequenos perante este destemido aventureiro. Gostaria de ter um pouco de sua verdade, de sua espontaniedade. Abandonar quem se ama é uma tarefa muito díficil, mesmo sua paixão ser conhecer outros mundos. Todos temos nossas rosas, com seus defeitos e tudo mais. Mas não queremos abandoná-las, perde-las. No entanto, alguns sacrificios devem ser feitos.

Gostaria muito de conhecer um rei sem súditos, mesquinho e prepotente, mas que apenas busca seu sonho, governar. Um contador, preocupado com seus números e riquezas, puro exemplo de capitalismo, fruto de seus papéis. Mas pobre coitado, não vê o que verdadeiramente importa.Um bêbado que entregou sua vida a algo que o consome a cada minuto, seu liquido "sagrado" acabou com sua familia e afastou a todos. Um vaidoso, que quer ser melhor que tudo e todos, egoista e ganancioso. Mas sem vida e alma, escravo de espelhos e opiniões. Mas gostaria mesmo de conhecer alguém que apenas cumpre com seu trabalho, que persegue seus objetivos. Um acendedor de lampiões, idêntico ao povo ele cumpre com seus deveres e vê a vida passar entre seus olhos e talvez só perceba isso tarde de mais, quando o sol se pôr pela última vez. Para ver isso talvez eu não precise viajar, é apenas sair na rua e olhar as pessoas e em cada uma estarei vendo estas personagens. Pura ignorância, nem isso é preciso fazer, apenas ao olhar para o espelho verei que eles estão presos à minha face.

Quero ter coragem, sabedoria e honestidade para ser quem eu quiser. Lutar e viver. Não ser um cogumelo u.u Amigos, estes sim não preciso viajar para encontrar, talvez eu encontre uma ou duas raposas por aí. Inclusive uma cobra. Mas as flores eu tenho em meu lar.

Hoje talvez é um dia que eu veria uns 100 pôrs do sol. A vida de matar baobás passou. Pegar os pássaros e sair. Quem sabe alguém lembre de mim quando ver um campo de trigo. Bom eh isso mesmo, eu quero ser o Pequeno príncipe. Não quero ser adulto e esquecer de tudo. Quero conseguir ver jibóias e elefantes.

Pode ter ficado tonto ou infantil, e talvez eu nem tenha conseguido me expressar. Mas não conheço ninguém mais sábio que este príncipe e o Exupéry. Tah, talvez eu prefira o Zafón, mas esse eh para o próximo post.

Dica: Leiam O Pequeno príncipe, a melhor análise da humanidade jah escrita.


All star e uma mochila

Nada mais confortante do que andar. Pensar em tudo ou em nada, sem destino e sem caminho. Seguindo apenas alguma coisa que faz com que você dê o próximo passo.

Um sonho de infância e adolescência, viajar. Sem destino, grana, sem nada mesmo, apenas uma mochila, um par de all star e uma idéia na cabeça, viver. Eh, viver, não sobreviver. Conhecer pessoas novas, culturas, lugares. Sentir o perfume de uma metrópole ou das árvores de um bosque em uma pequena cidade. Dormir em um hotel, cabana, casa de um bom samaritano, ou mesmo coberto pelo céu estrelado. Talvez até ficar ao relento em uma chuva inesquecível. Pedir carona, ir de ônibus, cavalo, bicicleta ou apé mesmo. Acompanhado ou sozinho, carregando a imagem dos amigos na cabeça. Nada mais importa senão viver, e conhecer.

É, este ai é o meu sonho, não preciso ter uma casa, um carro, um bom emprego, ou bens materiais. Apenas grana pra comprar um par de all star, ou vou com os velhos mesmo, comprar uma mochila, também posso ir com a remendada aqui. Ah não vou esquecer do dinheiro pra comprar Coca, eh eu infelizmente vivo em um mundo capitalista.

Eh isso ai, viajar. Em livros, nas idéias, nos papos, em tudo o que seja possível. Ah melhor de todo as formas é a escrita, é onde eu sinto que sou eu mesmo.

Então boa viagem, só no pensamento por enquantro